A dama de vermelho

22:24

Sabe aquela mina de vestido vermelho e justo que sai acentuando suas curvas e chamando atenção? Então, ela não se vestiu pra você. Ela encontrou aquele vestido em uma loja qualquer pagou uns R$30,00 reais, sem se importar para a sua cara de idiota ao ver ela passar deixando um rastro de perfume no ar. Chegando em casa, ela não mandou mensagem para as amigas perguntando se estava bom ou se combinava com tal sapato, afinal, suas amigas achavam suas roupas sempre muito vulgar e sem aparato.
Ao invés disso, ela sorriu, abriu a sacola e tirou toda a sua roupa e vestiu, aquele vestido vermelho que deixava seus ombros nus e suas coxas à mostra através de uma fenda... E ela sentiu sua essência e seu gosto extravasado em decotes e partes nuas, pelo simples fato de ela gostar... Sem se importar.
Calçou um salto alto para tornear suas pernas, aumentar sua altura e assim sentir que dominaria o mundo sem frescura.

Foi para a festa, sentiu a batida do som, fechou os olhos e dançou requebrando suas curvas acentuadas pelo justo do vestido e pelo justo da opressão... Fingiu que não viu olhos desviados e sussurros de decepção.

Dançou, requebrou e se entregou. Sem ligar pela surra da sociedade fazendo fendas em suas roupas e querendo esconder mais uma vadia de plantão. Não moço, não vou me esconder, não vou me horrorizar, não vou voltar pra casa e chorar. Vou ganhar o mundo, com mais 100 vestidos de tons diferentes justos para festejar, sem ligar para o tradicional que julga pelo tamanho da minha bunda e esconde que não é sua intenção me subsidiar.

Ela se vestiu pra ela, dançou com ela, sorriu pro vento, sentiu suas curvas e quis ser livre sem culpa. E conseguiu. Mostrou o dedo do meio e caiu no mundo sem dá desculpa.

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